segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

"Para a minha irmã", Jodi Picoult

Estou a ler um dos muitos livros da autora Jodi Picoult.

Como outra obra que já tinha lido desta autora, esta voltou novamente a "prender-me" com uma história que de uma meneira ou de outra tanto é ficção como se pode tornar realidade.



A história é (e passo a citar) : "Anna não está doente, mas bem poderia estar. Aos treze anos de idade já passou por várias operações, transfusões e injecções para ajudar a irmã, Kate, que sofre de leucemia. Anna nasceu com esta finalidade, disseram-lhe os pais, e é por isso que eles a amama ainda mais. Mas agora ela não pode deixar de se questionar sobre como seria a vida dela se não estivesse presa à irmã... e torna uma decisão que, para a maioria das pessoas da sua idade, seria quase impensável."



Posto isto, digo, será que é verdadeiramente justo sacrificar a vida de um filho para salvar outro? ou será que o milagre da vida não existe para que se possa salvar vidas quando isso está ao nosso alcançe? ou ainda... será justo que a decisão do nascimento de uma criança sirva unicamente para evitar que outra vida se perca, ainda que a primeira acabe por sofrer?



Realmente é um assunto tão controverso que estou realmente ansiosa por continuar a minha leitura...



Deixo um excerto para suscitar algum suspense...

"Quando era pequenina, para mim o grande mistério não era como se faziam os bebés, mas porquê. (...) eu nasci para um fim muito especifico (...) explicaram que me tinham escolhido especificamente a mim quando era um pequeno embrião, porque eu poderia salvar a minha irmã Kate. A minha mãe fez questão de me dizer que ainda gostava mais de mim porque sabia exactamente oq ue ia esperar. (...) fez-me pensar no que teria acontecido se a minha irmã tivesse sido saudável. (...) se os nossos pais nos tiverem por uma razão, então é bom que essa razão exista. Porque assim que ela desaparecer, nós desaparecemos também."


E agora deixo a questão... e você? o que faria se para salvar um filho tivesse que fazer um outro sofrer?

Dificil não é... infelizmente há muitos pais que hoje se debatem com este dilema...

1 comentário:

Anónimo disse...

excerto